Não é possível não ficar elaborando hipóteses a partir da exposição de Eduardo:
- Devido às características do emprego público, todo governante "herda" uma rede da qual é difícil se desfazer. Os cargos de confiança são fáceis, os outros não. Para os cargos estáveis, o mais fácil é "escantear", transferir para cargos irrelevantes. Porém, na medida em que outros cargos são necessários, serão preenchidos, o que provoca um inchaço do setor público.
- No que concerne o crime, particularmente o tráfico, em qualquer momento é fácil verificar a existência de uma rede. Porém, dada a baixíssima esperança de vida livre dos traficantes (muitos morrem e muitos outros são presos), surge o sério problema da duração mínima de uma rede para que ela se qualifique como tal. Numa visão extrema, as redes são totalmente independentes dos seus ocupantes, o que gera problemas porque novos ocupantes mudam a rede e a entrada/saída de ocupantes, relevante para a rede, passa a ser concebida como externa à rede e as mudanças assim provocadas passam a ser externas ao sistema explicativo.
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