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1.14.2007

O controle familiar e a delinqüência dos filhos

Todas as semanas lemos algo a respeito de jovens e adolescentes mortos no trânsito. Algumas dessas notícias mostram o papel que as bebidas alcoólicas e as drogas tiveram nesses desastres que, às vezes, cobram várias vidas.

Evidentemente, a primeira pergunta de um pai ou mãe preocupado e inteligente é como evitar que isso aconteça. Os dados abaixo mostram o resultado de pesquisa recente e o que ela revela:

Em 19 de setembro de 2006 foi publicado o estudo mais recente da série SADD - New Study: Parental Consequences Significantly Deter Dangerous Driving Behaviors in Teens. É feito a intervalos regulares, com jovens. Quais os principais resultados?

· Um em cinco jovens ainda bebem e dirigem: 19% reconheceram que dirigiram sob os efeitos do álcool;

· outros 15% tendo usado maconha

· e 7% tendo usado “outras drogas”.

Qual o efeito que, segundo os adolescentes, tem o comportamento dos pais?

Mais do que os pessimistas acreditavam e menos do que os otimistas esperavam. Para isso, a pesquisa dividiu os adolescentes em dois grupos:

Aqueles cujos pais deixavam claro quais seriam as conseqüências de dirigir sob a influência de alguma droga, legal ou não, e os que não faziam isso.

· Entre os primeiros, 16% dirigiram tendo bebido; entre os últimos 29% o fizeram. É uma diferença estatisticamente significativa;

· Com relação a maconha, as diferenças foram menores 14% e 18%

· E com relação a “outras drogas”, 6% e 11%

· Adolescentes que nunca dirigiram sob a influência de álcool ou de qualquer droga: 78% no primeiro grupo e 59% no segundo

O excesso de velocidade é um reconhecido fator de perigo para acidentes. A existência de regras claras também ajuda a limitar esse perigo: entre os que vivem em famílias com regras claras, 44% dirigiram oito ou mais quilômetros acima do limite, menos do que os que vivem em famílias sem regras ou com regras “flexíveis” e arbitrárias: 56%.

Nessa área, a impunidade também conta. Dirigir e falar no celular é crime e há boas razões para que seja. Os adolescentes que dizem que se violarem as condições estabelecidas pelos pais não há escapatória, vão pagar o preço, apresentam comportamentos muito mais sensatos - 37% dirigiram e falaram nos celulares, em comparação com 65% daqueles que não acreditam nas regras familiares e acham que não serão punidos.

Os resultados são ainda melhores se, além de deixarem claro que as punições acontecerão, os pais também elogiam o “bom” comportamento dos filhos e filhas.

A participação das famílias e do poder público é indispensável: desde 1981, os Estados Unidos conseguiram reduzir as taxas de mortes em veículos relacionadas ou causadas pelas bebidas alcoólicas em 60%. São dezenas e dezenas de milhares de vidas salvas.


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